terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

VAI VER A LUA

Acordes abandonados de loucuras

Belos cabelos de samambaia

Aqueles dias de cão com guimas na cama e no chão

Deixa pra lá

Não quis jamais se vender

Quem um dia desafiou o poder

Ser marginal era algo intelectual

Sangria barata e vodka ruim eram melhor que cerveja

Não quiseram nos contar

Bebendo um chá e nascendo fungos nos tais colossais matagais

Vendemos-nos parcelado

E compramos no crediário

Faces e books tais mensagens

Corta o palavrão, censura o radical.

Este filme pra te ver

Cuide bem da sua cria

Tem sexo na TV

Mas não é BBB

Perdi o tesão.

Naquele tempo era ritual, celebração

Hoje qualquer um, de qualquer jeito

Nem tem mais camarão

Aquela carta está guardada

Mas me manda um e-mail, SMS

ESQUECE

MAS QUALQUER HORA

VAI VER A LUA.

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