sexta-feira, 1 de abril de 2011

INEQUAÇÃO


Numa reta perpendicular Uma tangência diagonal No espaço euclidiano Se nascem pro espaço Morrem todos os Planos O que te parece complexo É só a falta de nexo Uma hiperbolóide no R4 E tantas geometrias no lombo frontal Esta última noite dormi muito mal Me apaixonei por uma moça Que acha machismo normal Tô mal O cubo perfeito Nas suas internidades Gravidade zero Lambda e Delta Tem um "pi" Na proporção da distância entre onde nasce o rio e onde ele morre ao mar E todos os percursos que faz Mas Que diferença faz? Vamos continuar matando-o sob a mentirosa angustia de sobreviver Me apaixonei por uma fulô, cor de acaju Mas ela é muito norte e eu sul Retas paralelas nunca se cruzam Opostos seguem infinitos distintos E nem sempre são paralelos Estando bem perto, não significa se tocar Me apaixonei sem beijar Beijei sem me apaixonar Ontem eu era rio Hoje sou mar Se amanhã entre ações e reações eu me desertar Vou com o vento toda água levar Quando X diferente de Y E se numa prova por absurdo eu afirmar Que não vou mais me apaixonar mesmo existindo o ar Caio no nexo Contradição Está provado Tem jeito não O que em mim é natural Logo lanço um log. decimal O que nela é animal Me causa coisas anormais Mas, se acabasse a apaixão Ai, não importa a base Um mais um vira um monte Paro de bobeira e entorpeços nossos corpos Não, mas "putz" não Não sei resolver esta simple inequação É muita paixão Mas tudo bem Semana que vem passa Ai escrevo umas linhas falando do quanto foi boa a noite Ou não Mas apago o tesão Quer dizer A paixão Ou não