domingo, 21 de novembro de 2010

AUSÊNCIAS E SILÊNCIOS

O silêncio me constrange,
me ilude e arrebata
O silêncio me acalanta,
me acalma e me mata

A ausÊncia me torna deserto
Enquanto pensamentos aceleram envoltos de nada
E debaixo da pele tudo se move
Carregado de um barulho estrondoso
Fico tenso, chato e nervoso

Feroz voz grita em minhas falas silenciosas

O silêncio fez em minhas veias colônia
Arranca e dilacera minhas idéias
Torna minha essÊncia velha demais pra continuar existindo
A ponto de um simples expirro doer a dor de morrer por um virus

O silêncio me levou embora
A ausência encarnou nas coisas materiais aos meus olhos
Já não dói, nem causa traumas, não levanta esperanças
Nem deixa eu me encontrar ou me perder
Mas não largo nem imploro
Nem me entorpeço pra esquecer

O silêncio me constrange,
me ilude e arrebata
O silêncio me acalanta,
me acalma e me mata